Roxette - Joyride: Bem-vindo aos Anos 90

Duas coisas definem Roxette: O vozeirão da vocalista Marie Fredriksson e músicas românticas capaz de arrancar suspiros de qualquer pessoa apaixonada. Mas um dos maiores sucessos desta dupla sueca vai bem ao contrário disso.

Joyride, o primeiro single do álbum homônimo lançado em 1991 é um pop-rock bem alegre e embalado, e também uma das poucas músicas de sucesso deles que é cantada pelo Per Gessle, que geralmente só aparecia nos videoclipes da dupla balançando a guitarra desplugada, que nem o Chimbinha da Banda Calypso num programa dominical (por sinal, a formação é bem parecida…). Mas a cantora descolorida não ficou de fora, e solta sua voz poderosa nos refrões da música.

Essa combinação deu um toque especial para Joyride, contrastando a voz macia de Per com a energia de Marie. Foi uma das belas canções que marcaram a virada da década de 80 e o fim da New Wave.

As músicas do Roxette são de uma doçura peculiar, fácil de encaixar no gosto de qualquer um, a tal da música pop grudenta que finca no cérebro e custa sair de lá. Por isso, eu sempre comparei o som deles com pizzas de chocolate. Quando come uma fatia, é delicioso, diferente, e encantador. Mas é só comer um pouquinho mais do que isso que eu fico enjoado e não consigo mais nem sentir o cheiro!
Lembro quando um amigo me emprestou uma coletânea dos sucessos da dupla. Todas as músicas deles que estouraram nas rádios estavam lá, inclusive, claro, Joyride. Eu ouvi esse cd em loop por uns dois dias seguidos, relembrando os clássicos e curtindo algumas músicas que eu não conhecia, quando de repente, assim, de uma hora para outra, eu enjoei. Não consegui ouvir nem 10 segundos de qualquer música deles, e se estivesse em um lugar e começasse a tocar qualquer música do Roxette, eu saia correndo e gritando em desespero.

Só uns tempos atrás eu trombei por acaso com o videoclipe de Joyride, e me bateu aquela nostalgia de quando eu assisti ele pela primeira vez no programa da Band. Aqueles cabelões, aquelas roupas, aquele carro vermelho e aquele som pareciam as coisas mais legais que existiam. E mesmo hoje, mais de 20 anos depois é um clipe que continua muito bom, diferente dos modismos de outros contemporâneos, o visual e as poses dos dois não ficaram tão fora de moda, as montagens com o chroma key ainda funcionam bem, e até aquela cena mais pro final, onde Per joga sua guitarra lá no céu, e pega ela antes de cair no chão, continua chutando traseiros. Não sei por que, mas sempre achei aquilo muito massa.

Então vou deixar vocês aí com este ótimo clipe do início da década de 90, mas aprecie com parcimônia