Shine Yellow, O Reggae Sussa de Mallu Magalhães

Quando começou a fazer sucesso, Mallu Magalhães parecia ser o sonho de todas as meninas indies se tornando realidade. Ela começou a bombar apenas com sua página no My Space, e com sua voz macia e tranquila e um gosto musical impressionante para uma garota de 15 anos, encantou muita gente. Logo ela estava em tudo quanto era programa de tv, parecia que todo mundo queria um pedacinho da menina.

Mas sua enorme popularidade começou a pesar, hoje parece que tem mais gente que a odeia do que a admira. Não sei se aquela história dela começar a andar de Camelo influenciou nisso, mas eu acho uma bela falta de sacanagem! A menina é boa, no sentido artístico pelo menos, e mesmo agora que já tem idade para beber e ser presa, ainda trabalha muito bem.

Mas o pedaço de sua obra que eu mais gostei foi sem dúvidas a música Shine Yellow, do seu segundo álbum, de 2009. Esse reggae com uma leve pitada de ska  é daquele tipo de som que deixa a gente entorpecido e relaxado sem precisar fumar nada ilícito. Confira o videoclipe dele aí embaixo para saber do que eu estou falando.

O videoclipe de Shine Yellow não é nada primoroso. Acho que vai meio ao contrário disto. Juntaram um banda de figurantes para dar uma de turminha legal curtindo uma festa na praia, mais forçado impossível! Mas como um raiozinho de sol, Mallu Magalhães está lá no meio, mostrando uma alegria espontânea. Acho que ela é a única no meio daquele povo que teve alguma naturalidade na produção.

Outra coisa louvável aí é que este é o único videoclipe que eu conheço em que aparece corpos femininos em biquinis que não tem nada de erótico. Claro que qualquer erotismo aí seria absurdamente inapropriado, já que a menina era de menor na época da gravação! Mas em tempos de quadradinho de 7, ou seja lá o que diabos é aquilo, um pouco de ingenuidade num vídeo comercial foi como um colírio. Tudo chama atenção, os atores picaretas, o cenário bonito, a piscina inflável do espaço infinito… menos aquele biquini feio dela. Nota 10 pros produtores!

Eu cheguei até a estranhar no videoclipe de Sambinha Bom, do seu último álbum Pitanga de 2011 que ela já estava fazendo caras e poses mais sensuais, mostrando que a menininha virou mulher. Vou ficar na torcida pra que ela continue lançando músicas bacanas, mas vai ser difícil olhar para ela, mesmo daqui uns 50 quando tiver toda velha e louca, e não lembrar da cinderela indie de Shine Yellow.